quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O sonho da máquina do tempo

Bem! Mais um post sobre aqueles sonhos malucos que tenho de vez em quando. Hoje, em especial, um sonho bem maluco, e complexo, que me fez refletir bastante sobre o quanto sou parecido com o Sheldon, de Big Bang Theory (assistam), não na parte intelectual, mas na parte de mente incrivelmente fértil para imaginar que posso explodir cabeças com a força do pensamento!

Enfim! Ao sonho! Mais uma vez, este será contado à minha maneira, pra deixar tudo mais interessante.

UMA DAS MINHAS TEORIAS A RESPEITO DE MÁQUINAS DO TEMPO:
Eu possuo vários conceitos a respeito do que pode ocorrer a uma pessoa caso ela tente voltar no tempo através de uma máquina do tempo, muito parecido com um conceito novo e muito triste que escutei a respeito do teletransporte e que me faz não mais querer utilizá-lo. Mas, no meu sonho o princípio que utilizei foi esse: Uma vez que uma pessoa retorna ao passado, tratando-se de um curto espaço de tempo, as ações realizadas por ela não deixam de ocorrer, o que, automaticamente, faz com que a versão dela do passado não deixe de existir, o que, automaticamente, faz com que existam duas dela, uma vez que a primeira retorna ao passado, o que, automaticamente, faz com que a pessoa do “futuro” e a pessoa do “passado” possam se encontrar, sem que o presente das pessoas que não foram transportadas ao passado no presente da pessoa do futuro seja alterado, o que provavelmente ocasionaria na criação de uma segunda dimensão da realidade da pessoa do futuro, baseada simplesmente no fato de ela ter viajado ao passado, ou seja, não há volta.

Em resumo, voltar no passado faria com que existissem duas versões da pessoa transportada sem que matar a pessoa do passado a matasse no futuro.

Ah... No sonho vocês vão entender, acho.
Desde a manhã daquele dia, eu anotei cada um de meus passos. Logo pela manhã fui até a padaria comprar pão, às oito, e anotei o horário no meu pequeno caderno. Voltei em casa, conferi se tudo estava em perfeito estado no meu mini acelerador de partículas. Fiz alguns tweets de despedida e escrevi até mesmo uma carta, caso algo não corresse bem durante meu mais novo experimento. Às onze e trinta fui até um restaurante perto da minha casa, onde almocei dentro de vinte e cinco minutos. Meu plano seria encontrar comigo na esquina de meu apartamento ao meio dia em ponto, mas isso em outra realidade. Passei pela esquina, observando o lugar onde eu deveria estar e retornei para casa. Cada um dos detalhes muito bem anotados em meu pequeno caderno. Agora era esperar até as vinte horas, anotando cada uma de minhas ações do dia, e conferir, número por número, o resultado da loteria.

Desde o princípio eu já sabia que meu pequeno acelerador de partículas não conseguiria me enviar muito além de um ou dois dias passado adentro, por isso encontrei esse motivo tão insignificante para voltar ao passado que era ficar milionário.

Visto que tinha anotados os números, agora era hora de me enviar ao passado. Não havia certeza de que tudo correria bem, mas a certeza de que, caso as coisas dessem certo, eu jamais voltaria a essa realidade, por isso deixei minha carta de despedida por sobre a mesa.

Liguei o pequeno aparelho, certo de que tudo correria bem. Os dois eletrodos que compunham a estrutura começaram a lançar raios um contra o outro conforme o planejado. Joguei uma pequena bolinha de ferro entre os dois raios de luz e ela desapareceu instantaneamente. Agora era a minha vez de ligar-me a eles. Tão logo toquei meus dedos entre os raios de luz e percebi o relógio de meu notebook voltando, segundo após segundo, no tempo. Um outro eu saiu de dentro do meu corpo e me vi repetindo minhas últimas ações tempo adentro como se eu fosse um fantasma observando o passado, sem que fosse percebido. Quando o relógio alcançou onze e cinqüenta e três da manhã daquele dia, eu dei um forte chute na mesa onde o mini acelerador de partículas estava, derrubando tudo e me livrando do aparelho do qual não conseguia me soltar. Tudo havia corrido bem. Era manhã novamente, e os números da loteria estavam nas minhas mãos.

Conforme o planejado, corri até a esquina da minha casa, utilizando para sair de casa uma chave extra que deixei por sobre a geladeira naquela manhã. Assim que cheguei à esquina pude observar, ao longe, minha aproximação, o outro eu, com um sorriso de satisfação pelo sucesso. Usávamos a mesma roupa e eu sabia muito bem que a frase que ele/eu diria.

Conversamos durante todo o dia, duas mentes iguais, analisando os mesmos aspectos um do outro, dizendo frases parecidas e utilizando das mesmas expressões. As digitais conferiam, manchas de nascença, memórias, com exceção da minha experiência após o meio dia. Era bastante estranho e certamente acarretaria em grande problema.

Mais a noite, conferimos o resultado de nosso prêmio campeão. Milionários. Se bem me lembro 46 milhões era a quantia. Nossas idéias eram iguais. Mesmos planos, mesmo investimentos, até que nos vimos num impasse, quando percebemos que tínhamos os mesmos amigos. Eu não queria deixar certos amigos para trás (e isso não quer dizer dar dinheiro a eles), como não queria largar meu emprego que tanto amava. Mesmo rico, as experiências que havia experimentado enquanto músico eram únicas, e jamais as trocaria por qualquer dinheiro. Ele também pensava assim. Uma única vida para duas pessoas. Foi quando pensei em matá-lo e certamente ele pensou o mesmo.

Após esse pensamento eu acordei, certo do final trágico que estava por vir no meu sonho. Certo de que talvez isso fosse exatamente o que eu faria.

 ◄Quê de maldade►

Fim

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