quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Henry e o Tempo - Post I - A Noiva de Anúbis

O professor Wimperson, da Sociedade Egípcia de Tecnologia, desenvolveu, para estudo da antiga sociedade egípcia, uma máquina do tempo capaz de retornar milhares de anos rumo aos primórdios dessa tão misteriosa civilização e, assim, explorar seus mistérios. Seria um novo avanço para o estudo e melhor conhecimento do passado histórico do país africano.

A Central Arqueóloga decidiu fazer um bingo para decidir quais seriam os dois arqueólogos cobaias da máquina do professor Wimperson. Distribuídas as cartelinhas e sorteadas as bolinhas, os dois sortudos foram a arqueóloga e macumbeira Emma Tefnet e Henry, o nosso bom e velho herói!
Era uma bela manhã de sol, quando Henry decidiu arrumar suas malas para a viagem ao passado. Ao mesmo tempo, do outro lado da cidade, Emma Tefnet entregava a seus amigos alguns colares da era egípcia que herdou de sua tradicional família. A mulher chegou ao laboratório apenas com as roupas do corpo e uma pequena mala de mão, ao que Henry carregava duas malas de rodinhas, uma mochila, três sacolas e um fardo de refrigerantes.

O professor os recebeu contente e deu-lhes as instruções para a manutenção da máquina do tempo. Conforme as sábias palavras do velho Wimperson, caso um dos dois modificassem drasticamente algum acontecimento histórico, poderiam colocar em risco a existência de gerações de famílias, possivelmente civilizações e tecnologias. A missão dos arqueólogos era fazer pesquisa e fotografar o passado para que, retornando ao presente, o próprio professor pudesse desvendar alguns mistérios contidos em pirâmides e grandes sarcófagos.

A máquina do tempo consistia em duas câmaras vermelhas, as quais enviariam nossos heróis ao passado e os traria de volta dentro de seis dias. Era o início de uma nova aventura do arqueólogo mais querido do mundo, Henry. Professor Wimperson apertou o botão e os sortudos da Central Arqueóloga desapareceram. Toda a Central acompanhou via internet a partida de nosso herói arqueólogo, iniciando assim uma festa de despedida “Adeus, Henry” com DJs internacionais e bebida liberada. Ao mesmo tempo, os amigos de Emma invadiam o laboratório do professor Wimperson e o rendiam. O que tudo isso significava?

Quando Henry parou de ver bolinhas coloridas e terminou de vomitar, estava mesmo no antigo Egito. Havia somente areia para todos os lados e podia observar, do alto das dunas onde despertou, vários escravos construindo o que viria a ser a pirâmide de Shu, deus egípcio do ar, aquele que matava a fome e que acabava de perecer. Era uma dádiva estar presenciando tal acontecimento. E Henry fez questão de fotografar as dimensões da estrutura ainda incompleta.

Emma não se encontrava em lugar algum e a noite já se aproximava. Assim que percebeu que todos os soldados estavam dispersos, Henry decidiu fazer uma visita secreta ao interior da construção gigantesca.

Logo no corredor principal, ouvia-se música e conversa alta. Henry aproximou-se do local e desembocou dentro de uma boate antiga, com mulheres nuas dançantes e shows com fogos. O homem do balcão disse “שלום זר!

Depois de beber um pouco, Henry viu Emma, acompanhada por Anúbis, deus da morte, passando pelo lado de fora do bar, rumo às câmaras secretas. Seguiu-os.

Chegaram à câmara onde Shu, deus egípcio do ar, aquele que matava a fome, estava deitado, morto. Anúbis levantou sua Ankh e ressuscitou o deus recentemente falecido. Ele e Emma riam de felicidade e ela lhe deu um beijo na boca. Anúbis tinha cara de chacal (a mesma coisa que cachorro preto) e Henry não entendeu o mau gosto da mulher. Nosso bom e velho arqueólogo pisou numa folha seca espiral daquelas que caem das árvores e ninguém sabe o nome, chamando a atenção dos supostos bandidos.

Essa primeira parte até que não tem muita ação, então curta esses momentos a seguir!

Henry saiu correndo, desesperado, enquanto Emma ordenava que Shu, deus egípcio do ar, aquele que matava a fome, o seguisse. As paredes labirínticas da pirâmide faziam com que Henry se perdesse mais à medida que corria mais. Shu, deus egípcio do ar, aquele que matava a fome, o alcançou. Tinha a aparência de um homem, mas a voz de um demônio. Aproximava-se do arqueólogo enquanto proclamava “רוצה אוכל?

O bom e velho arqueólogo acendeu um de seus fósforos, preparado para a batalha contra o deus egípcio, mas a criatura apenas permanecia olhando-o, como que a espera de uma resposta. Henry aproximou-se, confiante, até que Anúbis surgiu, do nada, e o enforcou, contra a parede.

Emma Tefnet surgiu dando uma gargalhada cruel e deu um beijo na boca do deus da morte (argh). Henry não conseguia se libertar da mão da cruel criatura e sentia que estava prestes a perecer, sufocado. Tudo foi se apagando. Henry perdeu a consciência.


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