sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Uma Porção de Piedade

Oi! De volta ao diário depois de alguns bons dias...

Enfim!

É tempo de crise. Ando pouco endinheirado e encontrando pouca solução para esse problema tão comum na vida de nós, brasileiros. Essa condição não é exatamente o que me motivou a fazer o que vem a seguir, mas serviu de desculpas! E eu aconselho os tímidos de plantão a fazê-lo.
Hoje foi um dia legal no qual acordei cedo, por volta das oito e meia da manhã e nada fiz desde então. Fiquei no quarto vendo o tempo passar, pessoas saindo para trabalhar e a fome chegar. Levantei-me fui tomar café. Apenas uns biscoitos e um copo de leite foram suficientes para que eu me sentisse melhor.

No dia anterior (ou ontem) combinei com uma grande amiga de almoçar na casa dela (segunda vez na semana). Combinamos de que ela me ligaria assim que acordasse, avisando-me para sair de casa. Sendo assim, por volta das onze da manhã meu telefone tocou, me aprontei rapidinho e parti para a casa dela.

Muitas cenouras descascadas, bifes de soja e ovos mal cozidos depois, dei uma dormida e voltei para casa.

(Período sem fazer nada de interessante..........)

Logo mais, pela noite, haveria um evento onde amigos meus se apresentariam. Chegando lá fui motivado a ficar na portaria vendendo ingressos. Ingressos esgotados, evento terminado, cerveja!

Fomos ao barzinho de sempre e tomamos umas quatro garrafas. Foi divertido e tal. Chegamos à parte que interessa!

Nesse bar o garçom é meio nosso amigo e na mesa ao lado tinha uma meia nossa amiga que pediu uma porção e não comeu. Pelo visto ela e os amigos não tinham fome e compraram o prato pra enfeitar a mesa. Visto que abandonaram a mesa ainda com comida, eu, pensando na pobreza da África e nas pessoas que passam fome por todo o mundo, e contrariando a vontade da minha mesa, chamei o garçom discretamente e perguntei ao pé do ouvido se toda aquela carne seria jogada ao lixo após ser recolhida. O homem olhou-me nos olhos e disse que sim, seria, toda ela. Eu, ainda tomado por esse extinto de bondade e piedade humana, perguntei-lhe se era possível embrulhar aquela carne para que eu levasse para viagem. O bom homem, olhando-me também com piedade humana, disse-me que sim, era possível, aliás o desperdício não compensa.

Todos da mesa observavam a situação com uma atordoante sensação de vergonha alheia. Ninguém faria o que fiz, todos concordavam que desperdício é errado e todos comeriam quando eu chegasse em casa. Sendo assim, assim foi! Cheguei em casa, taquei tudo na frigideira e comemos todos, gloriosamente!


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