terça-feira, 14 de setembro de 2010

Henry e o Tempo - Post Final - A intervenção divina

Reuniam-se na fortaleza Tefnet os mais poderosos seres do novo Egito. De um lado Henry, o arqueólogo; Moisés, o barbudo; J-Zus, o rapper ressuscitado; Anúbis, o deus da morte e professor Wimperson, o cientista. Diante de nossos heróis, o deus dos deuses, Rá e a maior divindade viva sobre a terra, Emma Tefnet. Era o momento do combate final, que definiria o novo futuro do novo presente e o fim dessa história enorme.

NO ÚLTIMO EPISÓDIO DE HENRY

“Henry e Moisés alcançaram, enfim, a sala real da fortaleza Tefnet, onde a vilã os esperava. Com a ajuda do velho Moisa, Henry invocou uma nova força das trevas, com a qual conseguiu aproximar-se da perversa deusa da escravidão, mas foi surpreendido pela presença de Rá, o deus dos deuses egípcios, que o lançou quilômetros dali. Na Central Arqueóloga, Henry iniciou uma rotina de treinamentos para uma segunda invasão da sala real de Tefnet. Enquanto isso, Moisés e o professor Wimperson eram salvos do cárcere por um velho amigo. Assim, com a ajuda de J-Zus ressuscitado, Henry invadiu os aposentos da perversa megera, enquanto, com a ajuda de Anúbis, o deus da morte, Moisés e Wimperson também adentravam o local. Era o início do combate final.”
J-Zus deu um passo a frente. Aproximava-se de Rá e Tefnet, destemidamente. A perversa disse estar surpreendida. Pensava ela que seus soldados fossem mais eficientes, que tinham dado um fim a ele. Ele (com “E” maiúsculo), destemido, tirou os peitos para fora e mandou que a vilã tocasse suas feridas, que ela própria testemunhasse a eficiência de seus soldados. Tefnet o olhou com desprezo e se retirou por uma saída secreta, ordenando que Rá desse fim a nossos heróis. J-Zus o olhou com desprezo e se retirou, flutuando rumo ao céu, ordenando que Henry desse um fim ao deus dos deuses, pois sua missão estava cumprida e só voltaria no fim do mundo.

Henry xingou um bocado o amigo covarde. Rá preparava-se para o combate. À medida que gritava, seus músculos cresciam mais e mais, fazendo-o parecer ainda mais aterrorizante (já que agora tratava-se de um cabeça de passarinho bombado). Henry riscou um fósforo; Moisés iniciou uma oração; Anúbis tirou do bolso sua Ankh e o professor Wimperson começou a estudar seu mais novo invento. Nosso bom e velho arqueólogo partiu para a luta. Graças a seu árduo treinamento, conseguia esquivar-se com facilidade dos golpes do poderoso deus, mas, por mais que atacasse com as chamas do palito de fósforo em suas mãos, essas não lhe surtiam efeito. Via-se que Rá não lutava a sério. Guardava no bolso de trás uma imensa Ankh que soltava raios e emitia poder das trevas. De repente, Anúbis passou rapidamente por nosso herói e acertou uma poderosa Ankhada na cabeça do vilão, que caiu no chão. Rá se levantou contente por, enfim, ter um desafiante à sua altura. Henry observava o combate do amigo, morrendo de ódio por não ser forte o suficiente para mudar o destino do novo presente.

O combate entre o deus dos deuses e o deus da morte permaneceu interessante por pouco tempo. Logo Rá o dominara e conseguia ler seus movimentos. Defendia com as mãos os poderosos ataques de Ankh realizados por Anúbis. Logo o deus da morte também estava sem forças para combatê-lo.

Moisés deu um passo adiante. Podia ouvir uma voz chamando-o, diretamente do teto da sala real. Até que reconheceu a voz de J-Zus, que dizia estar enviando um presente de seu pai, que assistia tudo de camarote. Um presente do passado, ele disse. De repente dois baita pedaços de pedra com algumas inscrições em hebraico caíram diante do velho Moisa. O velho fez uma breve oração de agradecimento e não pensou duas vezes, tacou os pedregulhos na cabeça de Rá, que caiu novamente ao chão.

O professor Wimperson entrou, por fim, em cena, com uma pequena máquina de imensa tecnologia em mãos. Aproximou-se do deus ainda atordoado e apertou um botão, fazendo-o desaparecer no tempo espaço.

Nossos heróis comemoravam a vitória, felizes e contentes. Agora só faltava a piranha. Partiram para a entrada secreta por onde a vilã escapara e, sobre uma imensa estátua, Tefnet, a bandida os esperava.

Anúbis não pensou duas vezes e partiu direto para o ataque, rapidamente contido pelo imenso poder emitido pelo dedo mindinho da mulher. Foi lançado contra Moisés, sem vida. A bandida dava gargalhada enquanto explicava seus feitos, como todo bom bandido faz:

“Quando foi enviada ao antigo Egito, ofereceu a seus amigos colares Tefnet de poder egípcio, através dos quais esses não sofreriam as alterações que ela causaria no passado. Mandou que os mesmos sequestrassem Wimperson para que ele criasse uma nova máquina do tempo para ela, caso algum arqueólogo metido a herói se intrometesse. Colocou em Wimperson um colar Tefnet de poder egípcio também. Agora, mesmo que Henry modificasse algo, só ela saberia onde essa máquina está e, se fosse preciso, voltaria no tempo e faria tudo de novo.”

Henry odiava aquela mulher mais do que a qualquer um dos demônios que enfrentara. À medida que ela falava, a pequena chama no fósforo de nosso herói tomava o tom negro de dias atrás, quando a enfrentou pela primeira vez. A respiração do arqueólogo ficava falha, enquanto seus olhos ficavam vermelhos, ofuscantes. Quanto poder das trevas ainda residia dentro do arqueólogo?

Dominado por essa nova força, Henry partiu para o ataque. Movia-se feito um animal, seu punho direcionado para a cabeça da mulher. Tefnet lhe deu um socasso e ele caiu sobre Anúbis e Moisés, mas ainda com vida, diferente do coitado do deus da morte, que morreu. O professor Wimperson nem ousou se intrometer dessa vez.

Emma Tefnet admirava a grandeza do seu poder e alertava a Henry para que não a subestimasse. O arqueólogo olhou para Moisés e disse precisar de ainda mais poder das trevas. Foi quando o velho Moisa deixou seu amigo Anúbis deitado ao chão e iniciou a mais poderosa de suas orações, apagando novamente o sol e levando todos para um mundo de trevas. Tefnet tirou uma Ankh do bolso e riu, maldosamente, enquanto começou a absorver o poder das trevas criado pelo velho barbudo. Henry fazia o mesmo através de seu palito de fósforos e logo tudo desapareceu em meio à escuridão.

Quando as luzes novamente se acenderam, Henry emitia uma quantidade enorme de poder e todo seu corpo estava tomado por trevas, só que, para seu azar, a vilã emitia muito, mas muuuito mais poder que ele, só que, para o azar dela, de repente choveu pequenas linguinhas de fogo por sobre a cabeça de nossos heróis e a voz de J-Zus, do teto, dizia ser outro presentinho de seu papai apelão. Henry, Moisés e Wimperson (Anúbis morreu, lembre-se) agora sabiam de tudo e falavam todas as línguas. Logo souberam que o professor Wimperson era gay. Mas, detalhes a parte, Henry levou um palito de fósforos até a linguinha de fogo por sobre sua cabeça e iniciou o novo ataque que aprendeu na hora que ficou sabendo de tudo, o vôo de fogo “da Pombinha” (eu preferia “da Fênix” ou “do Dragão”, mas tive que levar em consideração todo o contexto histórico das linguinhas de fogo), destruindo, de uma vez por todas, a maldita Emma Tefnet, que explodiu e morreu.

Nossos heróis novamente comemoravam a vitória, felizes e contentes. Mas, de repente, os céus ficaram negros como a noite e, por entre as poucas nuvens que lá restavam, as mãos de Rá, agora com milhares de metros de altura, abriram o firmamento em duas partes. Henry deu um cascudo no velho Wimperson incompetente.

As esperanças de nossos bons e velhos amigos foram pro espaço. Nada que Henry ou qualquer um de seus amigos pensasse poderia conter tamanha ameaça e, para piorar, o deus dos deuses enfiou a mão no seu bolso de trás e tirou dele a poderosa Ankh que guardara para a hora propícia. J-Zus despencou do céu, diante de todos, desesperado, correndo para um lado e para o outro gritando que era o fim do mundo.

O velho Wimperson agarrou nas mãos de nossos heróis e partiu correndo, rumo a uma sala secreta, onde estava uma última máquina do tempo. Tudo, aos poucos ia se destruindo lá fora. O professor disse a Moisés que ele precisava voltar a seu tempo e que só ele poderia mudar a história, matando a Tefnet do passado, pois aquela era uma máquina do tempo sem volta e ele era o único viajante temporal que não estava no tempo certo.

Henry deu um forte abraço no amigo e disse confiar nele. J-Zus entregou-lhe um martelo e alguns pregos e disse pra ele dar um fim na desgraçada usando aquilo. O velho Moisa lembrou de seu amigo Anúbis, sem vida ao chão, e falou que cumpriria com seu propósito, desaparecendo, enfim, através da máquina do tempo do professor Wimperson.

Nossos heróis retornaram ao exterior da sala secreta, onde Rá e sua Ankh preparavam-se para descarregar sobre o planeta o maior raio de energia já visto na história dos raios de energia. J-Zus chorava de desespero por causa do fim do mundo. Henry agarrou nas mãos do professor Wimperson, que arrepiou.

De repente, os céus começaram a se fechar, engolindo o deus dos deuses e todo seu poder. A fortaleza Tefnet se desconstruía, enquanto o restante da cidade se estruturava. A Central Arqueóloga voltava a ser o que era, J-Zus subiu, de novo, aos céus, Anúbis ressuscitou e desapareceu e, por fim, ninguém mais sabia algo a respeito do nome Emma Tefnet. Moisés cumprira seu propósito.

No fim do dia, Henry chegou à Central Arqueóloga, onde ainda rolava a sua festa de despedida “Adeus, Henry”. Ele invadiu o estabelecimento com um sorriso no rosto e de braços abertos, ouvindo, sonoramente, um “Aaaaaaah” de desapontamento, enquanto o DJ parava a música.

Fim

Não acabou!
Ficou com cara de filme do Henry! Temos EXTRAS!

FIM

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