segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sem Saída


Te vejo distante, calado, ausente
e eu sempre presente, tentando te desvendar
Meus olhos o fitam, perseguem, lhe cercam
você, tal qual um cego, ignora tua visão
despreza meus anseios sem dar ouvidos
se perde em meio aos teus sem ter motivo
e teus sentidos já não fazem sentido
suas certezas já não têm razão


Conto os segundos, minutos, a hora de te ver
sentir, te ter, me perder
envolvido nos teus braços, no teu corpo, aos teus pés
Teus lábios beijando os meus
Meus olhos buscando os teus
O suor escorrendo por teu rosto
rosto que me deseja
desejo que me desarma
armas empunhadas para disparo


Tua tristeza silencia meus barulhos
teu sorriso irradia meu pôr-do-sol
e meus segredos se espalham por sobre a cama
quem os guarda feito irmã de confiança
Lua ilumina ao que as luzes se apagam
tuas mãos me afagam enquanto diz que me ama
Mente que me ama. Mentes.
Ainda que não me importe com suas mentiras


Escrevo, perdido, desconheço o que penso
Descrevo, aturdido, seus olhares de medo
nossas horas em segredo
e os desejos trancados num quarto escuro
Verdade que assombra
Mentira que zomba de mim cada vez que viro o rosto
rosto feliz que esconde o desgosto
de te amar sem ter saída
De te amar por toda a vida

Resultado de Meus Lapsos Memoriais em Cidade de Meus Pais

Baseado no ocorrido em Lapsos Memoriais de Uma Bebedeira em Cidade de Meus Pais (vide o post antes de ler esse aqui - fica a dica), busquei, nos dias seguintes, e, confesso, busco até hoje, informar-me sobre todo o ocorrido naquela noite tão atordoada e cheia de buracos por toda a minha mente. Bom entretenimento...
No dia seguinte, ao acordar, me vi em casa, na minha cama. Sendo que uma das poucas coisas que me lembro é do fato de eu ter dormido na casa do meu amigo festeiro. Whatever! (JovemNerd.com.br) Assim que me levantei corri pro telefone e liguei pra minha amiga aniversariante, tentando, já pela manhã, entender um pouco do que eu havia feito na noite anterior. Ela riu de mim... Falou que eu estava muito bêbado e que ela estava assustada, até, que se perdia de mim a todo tempo (ou eu dava um jeito de me perder). Não sabia ou não me contou muitos detalhes daquela noite, mas já me adiantou o fato de que eu transparecia, obviamente, minha embriaguez.

Fiquei o dia todo na internet, esperando que algum conhecido, presente na noite do ocorrido, aparecesse para me socorrer. Ninguém aparecia e meu desespero aumentava, enquanto, aos poucos, eu lembrava de uma coisa ou outra, feito o fato de eu ter alugado minhas vizinhas sapatões e ter escutado com sorriso no rosto "Você saiu do armário!". #OhFuck

À medida que a memória voltava, confesso que pouquíssima parte da mesma, eu lembrava de alguns fatos vergonhosos. Lembro-me de ter escutado a seguinte pergunta: "Seu amigo imaginário é homem?"

Eu boiava sozinho entretido em meus pensamentos que não se lincavam uns com os outros. Minha capacidade de raciocínio temporal (me refiro a espaço de tempo :p) estava zerada! Eu não conseguia dizer o que eu fiz primeiro e o que fiz depois. E não acaba por aí.

Mais tarde parti para as ruas de Cidade de Meus Pais, em busca do amigo festeiro, que tardei, mas encontrei.

De acordo com ele, enquanto comia pipoca no sofá, eu invadi a casa (quase que com um chute na porta) com uma cara assustadora de bêbado. A pipoca até perdeu o sabor. Fiquei horas contando do que eu tinha feito durante a noite (e ele não perdeu a oportunidade pra contar o que tinha feito também o_O) e insistindo na idéia de que eu estava muuuito bêbado (como se isso fosse segredo pra alguém). Daí comecei a dar ordem, pedia água e queria água na hora, pedi um boné e queria o boné na hora, pedi um espaço no sofá e queria o espaço na hora. Estava fora de mim. E ele se recuperava da bebedeira dele.

Na falta de boné ele me trouxe um chapéu que eu insisti em dizer que não servia e mandava ele procurar melhor. Eu queria ir embora e ele não deixou. Trancou a porta e disse que não tinha chave e eu teria que ficar por ali mesmo. #OhFuck Até que determinado momento, que nem eu nem ele sabemos dizer qual foi, dormimos.

Eu acordei, desesperado, sabendo que eu estava trancado na casa alheia, corri para a porta dos fundos (trancada) e dei um jeito de abri-la com uma faca (!!!). Acho que dei uma entortada na faca e soube que a maçaneta da porta esteve desaparecida. Fugi! Dei de cara com o prefeito (ex?) da cidade na rua e rumei para casa, sabe-se lá como.

Posteriormente, numa conversa com um amigo meu, que estava comigo nas festas, descobri que saí por todo canto contando dos meus problemas, sociais, financeiros e amorosos, soube que aumentei muitas histórias e que alguns chegaram a imaginar que eu tinha um romance com um amigo imaginário #OhFuck Que amigo imaginário é esse?

Soube também que me bancaram e que devo vinte reais a esse amigo (ainda bem que só isso); que mandei o táxi ir pra um lugar e mudei o destino no meio da viagem. Soube que o amigo da festa 4 (vide Lapsos Memoriais de Uma Bebedeira em Cidade de Meus Pais) estava tão alterado alcoolicamente quanto eu e o amigo festeiro e também fez merdas e perdeu a memória.

Hoje olho pra trás e dou um cado de risada, ainda com um pouco de medo de retornar a Cidade de Meus Pais e descobrir mais podres.


B Diário - O dia a dia do B como você nunca viu!

domingo, 30 de maio de 2010

O Garanhão e o Difícil - Episódio 5 - Papo Casual

- Eu não estou te olhando... só to esperando um amigo aqui, do seu lado.
- Ta bom... (cara louco)
- Ele pediu pra eu esperar nesse banco, sabe?
- Sei... Sei...
- E você? Que que ta fazendo aqui?
- Nada... Nada não...
- Ah ta... Pensei que estivesse...
- ...
- ♫♪♫♫
- Falou! To indo nessa...
- Num vai me passar nem o telefone?

Lapsos Memoriais de Uma Bebedeira em Cidade de Meus Pais

Trata-se de uma história vivenciada por mim não muitos dias atrás, sobre a qual até hoje venho coletando informações sobre mim mesmo e dívidas... infelizmente.
Um dia desses foi aniversário de uma grande amiga minha que vive em Cidade de Meus Pais. Ela decidiu fazer uma comemoração e eu fui convidado. A festa tinha muita carne, biscoitinhos, muita cerveja, vinho tinto, vinho branco e tudo o que há de bom.

Vale ressaltar que no mesmo dia ocorria uma festinha de bêbados na casa de um amigo meu, nas proximidades.

Não demorou muito até meu grau de embriaguez alcançar um ponto satisfatório. Eu curtia a festa enquanto esse meu amigo ligava incessantemente insistindo para que eu fosse para essa segunda festa, mas essa me custaria cinco reais que eu não tinha. Vale ressaltar que eu tinha apenas um real no bolso. Falei que logo ligaria e daria um jeito de ir pra lá.

Liguei algumas várias vezes e mandei SMSs (tentativas frustradas) avisando que iria pra segunda festa, sem imaginar que os supostos receptores ou transavam ou se chamavam Matheus (sabe-se lá quem é essa pessoa, me passaram um número de celular errado). Desisti!

Passadas algumas horas e mais bebedeiras, recebo mais uma ligação do mesmo amigo chantageando, dizendo que iria me encontrar em X lugar e caso eu não aparecesse ficaria por lá o resto da noite me esperando (talvez o maior drama que fez em toda a sua vida). Eu fiz uma hora e fui até o lugar encontrá-lo.

Nesse momento eu já entrava no estado de calamidade, sem saber muito bem a distância entre meu corpo, as paredes e o chão. Vale ressaltar que eu não caí nenhuma vez a noite toda! LAPSO1 (não lembro muito bem da conversa a seguir) Meu amigo contou como andava a festa na casa dele (putaria!!!) e tentou me convencer a descer pra lá, mas na festa 1 eu já tinha prometido que voltaria e tínhamos planos de partir para uma terceira festa. Pensei em carregar meu amigo pra lá, mas dessa forma deixaria a casa dele entregue ao pecado. Logo vieram busca-lo também, então retornei à minha festinha, agora bebendo com o dobro de vontade!

Acabou a cerveja, parti pro vinho tinto, acabou o tinto, pro branco, acabou o branco, subimos num carro e fomos pra essa terceira festa. LAPSO2 (No caminho, primeira palavra da frase a seguir, não foi bem algo que vivenciei, se é que me entendem) No caminho bebi cachaça e encontrei com vizinhas sapatões para as quais fiz questão de contar boa parte da minha vida particular. Sem saber que era só o começo.

LAPSO3 (Não sei de que maneira eu saí de perto das minha amigas sapatões para a entrada da festa a seguir, já com o ingresso em mãos) Entrei na festa, um evento fechado, bebi lá dentro, conversei com pessoas que nunca vi, subi numa grade, seguranças me tiraram de lá, LAPSO4 (nem sei sobre o que falei no telefonema a seguir) recebi ligações do mesmo amigo da festa 2 ainda insistindo para que eu fosse pra lá através de um telefonema de um amigo que se divertia numa festa 4. Ficou confuso...

Explicando!!!

Eu - na festa 3
Amigo - na festa 2 (dono da festa 2, por sinal)
Outro Amigo - na festa 4

Amigo (sem créditos) ligou (a cobrar) pro Outro Amigo (bom samaritano) que ligou pra Eu (personalidade que todos querem em suas festas) dando o recado, mandando eu ir pra festa 2.

Ficou mais fácil de entender?

Determinado momento da festa, LAPSO5 (só Deus e talvez a menina sabem o que falei com ela, a seguir) depois de alugar uma loirinha simpática que, creio, chamava-se Dani, parti de táxi pra festa 2, ou pro que sobrou dela.

Cheguei invadindo, nem bati, nem pedi licença, só entrei!, e dei de cara com meu amigo sentado no sofá comendo pipoca. LAPSO6, Acho que a última cena da qual me recordo. Lembro de eu deitado no sofá e destruindo a porta (com uma faca) após isso.

Tudo isso com um único real que nem cheguei a gastar!

No dia seguinte fui descobrir muito do que eu havia feito insanamente...

TO BE CONTINUED...

sábado, 29 de maio de 2010

Kiss My Glass

Acho que todo e qualquer tipo de pessoa, em determinado momento da vida, fica fascinado e interessado por algo novo, inovador, busca quebrar um pouquinho o que costuma chamar de normal. Eu sou uma pessoa bem desse jeito, e no presente momento eu ando com uma vontade toda especial e sem muita explicação, que é a de ficar com alguém que use óculos. É... é isso...
Eu parei para fazer alguns cálculos e análises e cheguei à conclusão que nunca, em toda a minha vida, eu beijei alguém que usasse óculos! Isso tem me incomodado, gerado uma estranha sensação de curiosidade e, devido a isso, nos últimos dias ando tendo um interesse todo especial por quem quer (exagero) que passe por mim utilizando um par de lentes numa armação. O que é muito estranho. Não me julguem um tarado do óculos ou coisa assim, mas é estranho como pessoas usuárias de óculos andam ficando mais bonitas. Talvez um reflexo dos novos modelos de armações ou simplesmente meu fascínio sem controle.

Baseado nessa minha nova maneira de pensar, concluí que vou procurar, efetivamente, esse beijo nesse alguém com óculos. São tantas as dúvidas. Será que incomoda? Será que meu óculos esbarrando em outro dá choque (aparelho?)? Será que uma lente pode arranhar a outra? Será que eu arrancaria os óculos e os jogaria longe?

Enfim... Creio que dentro de poucos dias obterei resposta! Determinação é o que não falta!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A Infância e Adolescência do B


Ah!, sabe, eu sempre tive sérios problemas de personalidade, normalmente me enquadrando no típico rapaz bom, genro que muita sogra procura ter, sendo que esse nunca foi bem o cara que eu queria ser.

Quando eu era criança eu fazia o possível para parecer o cara mal, com quem ninguém poderia mexer ou teria os órgãos arrancados e deixados numa cerca de arame farpado em algum lugar do mundo. A princípio deu certo. As pessoas realmente não mexiam comigo. Nunca. Mas por conta de eu sempre chorar, correr pra professora, mãe, treinadora, o que fosse, e fazer a pessoa que me tratou mal se dar mal. Observava a professora dando bronca enquanto olhava, agarrado na calça dela, com um sorriso cruel, crendo realmente que eu fui muito mal naquele momento.

Devido a isso, com o passar de alguns anos, eu passei a ser ignorado por boa parte dos candidatos a amigos, me restringindo sempre a um pequeno número de um ou dois colegas de mentes igualmente insanas com os quais nossas imaginações pintavam e bordavam.

De fato eu fui uma criança nerd. Gostava de estudar, jogar tardes inteiras de vídeo game, desenhar, roubar, às vezes, pra jogar vídeo game, tocar piano e construir armas de guerra ridiculamente (hoje penso) mortais para destruir meus pequenos bonecos da infância.

Passaram-se alguns anos e eu mudei um pouco de personalidade, ainda jogando vídeo game, mas agora com a irritante mania de me apaixonar sempre que possível, por quem quer que se aproximasse. Uma baita de uma futilidade que carreguei por alguns longos anos. Cada vez que beijava uma menina sentia-me tal qual um herói que alcançou qualquer coisa inalcançável. Era péssimo. Façam idéia disso.

Carreguei essa merda toda por uns 7 anos, migrando de um amor pra outro nesse período, namorando daqui ou dali. Tinha uma facilidade ímpar de me cansar das namoradas e logo buscar uma nova. Na teoria tudo funcionava muito bem.

Quando eu alcancei o derradeiro ano escolar, decidi por começar com minha vida meio louca, aliás nem todo nerd tem a capacidade de concluir seus planos nerds com total competência. Eu sou um desses. Tudo que é meu funciona melhor na teoria.

Decidi que até o fim da minha vida eu deveria fazer montes de coisa pra, em caso de existência do céu/inferno, eu chegar lá em cima/embaixo e ter história pra contar. Comecei pensando grande e matando um período... Daí resolvi pular muros, ser suspenso, criticar a beleza dos outros, ser popular e assistir animes que ninguém assiste só pra dizer que não assisto o que os outros assistem. Um quase perfeito idiota, tirando a parte do anime, que pratico, com louvor, até hoje.

Ainda tem montes de coisas que ainda não fiz e pretendo fazer (é... apesar de achar isso tudo uma tremenda idiotisse eu ainda quero ter muita história pra contar no céu/inferno), como ser preso ou matar alguém sem ser descoberto. Os dois juntos não. Quero ficar pouco tempo na cadeia, tipo um ou dois dias.

Daí comecei a perceber que tenho um enorme potencial psicopata, mas não se preocupem, sou um psicopata em potencial, inofensivo.

Bem... em resumo é isso a minha biografia... Terminou do nada, eu sei, mas eu não gosto de posts gigantes...

Pronto falei!

Depois escrevo um pouco sobre o novo eu!

Welcome back, B Diário!

O B Diário andava esquecido tanto por mim quanto por muitos de meus leitores. Eu não andava tendo tempo (e ainda não tenho) ou criatividade suficientes para postar sempre e isto estava fazendo com que meus meses fechassem com um triste e melancólico número de postagens, sem que eu fizesse idéia de como reverter esse quadro.

Sendo assim, eu, sozinho!, e inspirado pelo B Diário is back e VICK'S BDAY, decidi retornar com meu querido blog, mudar um pouco a cara dele e botar a cuca pra funcionar, criando, diariamente, na medida no possível, posts pra lá de legais para todos vocês, leitores queridos.

Esse post é meio que de boas-vindas oficial!

O melhor está por vir!

Me aguarde!

B Diário – O dia a dia do B como você nunca viu!