quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Henry e o Tempo - Post II - A noiva de Shu

NO ÚLTIMO EPISÓDIO DE HENRY

"Henry e Emma Tefnet foram sorteados pela Central Arqueóloga para servirem de cobaias da mais nova experiência do professor Wimperson e, assim, através de sua máquina do tempo, retornaram ao Egito antigo. Tudo corria bem, até que Emma se revelou uma cruel traidora. Forjou um sequestro do porfessor Wimperson e, acompanhada pelo deus Anúbis, iniciou uma série de atos cruéis que poderiam modificar, para sempre, o futuro. Henry foi pego!"
Era uma bela manhã de verão quando, ao sol ardente do deserto egípcio, a pirâmide de Shu, deus egípcio do ar, aquele que matava a fome, foi consolidada. Suas paredes majestosas preparadas para guardar, no mais profundo sarcófago, acompanhado por seus tesouros reais, o corpo do deus egípcio.

Para a cerimônia, fizeram-se presentes todos os soldados que serviram ao poderoso deus, a irmã gêmea e ex-mulher do falecido, que fugiu e que tinha cabeça de leoa, Tefnut, deusa egípcia da água, aquela que matava a sede, e o próprio faraó egípcio. Emma Tefnet acompanhava tudo de uma duna não muito distante, enquanto Anúbis se aproximava da pirâmide para a realização do funeral do amigo deus.

A noite chegou e, enquanto Emma e Anúbis faziam amor, Shu, deus egípcio do ar, aquele que matava a fome, aproximou-se da cabana e proclamou “אישה עירומה”

É... e o Henry?

Enquanto isso, no mais profundo sarcófago da pirâmide de Shu, deus egípcio do ar, aquele que matava a fome, o arqueólogo se sacudia totalmente enfaixado, substituindo o deus ressuscitado, até conseguir encontrar, num orifício secreto de seu corpo, um último fósforo automático salvador. A tampa da tumba voou metros de distância e Henry estava livre. Não! Estava tudo escuro e o sarcófago totalmente fechado. Por sorte, o bom e velho arqueólogo escutou passos que indicavam que alguém se aproximava. A porta da pirâmide se abriu e um homem de barba longa surgiu, salvando-o.

Visto que Henry passou dias aprisionado sem comer ou beber nada, o homem de barba longa bateu um cajado no chão e dele brotou frango assado e vinho tinto. Seu nome era Moisés, um milagreiro de quem Henry nunca ouviu falar nos seus estudos arqueológicos. Tirou várias fotos do homem e de suas mágicas incríveis.

Sem que Henry tivesse percebido, já haviam se passado cinco dias.

Moisés contou que o plano de Emma era casar novamente Shu, deus egípcio do ar, aquele que matava a fome, e a irmã gêmea e ex-esposa, que fugiu e que tinha cabeça de leoa, Tefnut, deusa egípcia da água, aquela que matava a sede. A desunião dos dois causou o fim da Enéade, que nem o velho Moisa sabia explicar o que era, mas que não seria bom para os planos de seu patrão, que lhe prometeu algumas tábuas.

Nosso bom arqueólogo e seu mais novo amigo barbudo saíram da grande pirâmide, em busca de seus inimigos. Durante o percurso, surgiram vários soldados, armados. Henry acendeu dezoito fósforos e utilizou o ataque das chamas circulares, destruindo a todos.

Quando chegaram ao exterior da pirâmide, Anúbis terminava a cerimônia de casamento dos deuses da Enéade. Quando Shu, deus egípcio do ar, aquele que matava a fome, beijou a irmã gêmea e ex-esposa, que fugiu e tinha cabeça de leoa, Tefnut, deusa egípcia da água, aquela que matava a sede, ele ficou com cabeça de leão (quem não se separaria se tivesse que passar o resto da vida com cara de leão?). A Enéade estava novamente formada. Emma deu um sorriso cruel e esfaqueou, pelas costas, Anúbis, que se enfureceu. A cruel arqueóloga e macumbeira ativou o botão de saída de emergência da máquina do tempo e desapareceu, deixando bolinhas coloridas e vômito para trás.

Os deuses da Enéade saíram contentes, saltitantes de amor, por sobre as dunas do deserto, enquanto Anúbis alcançava o limite de sua fúria, agora que percebeu ter sido usado.

Moisés e Henry preparavam-se para o combate mortal. O barbudo levantou seu cajado e começou a orar, até que o pedaço de pau se transformasse em uma serpente... e? O velho Moisa pensou que impressionaria o deus da morte fazendo isso. Nosso herói o olhou com desprezo e partiu para o ataque, combinando fósforos de duas marcas diferentes. Através de um salto ornamental ensaiado, o arqueólogo arrancou o braço direito da criatura fora. Anúbis meteu um pontapé no arqueólogo, que voou metros de distância do combate. A cobra de Moisés retornou a seu estado normal de cajado e ele começou uma oração ainda mais poderosa, até que bateu com seu cajado no chão... e? De acordo com o homem, acabava de matar o filho mais velho de Anúbis.

Quando Anúbis soube do que aconteceu a seu filho, seu ódio cresceu ainda mais e seu braço se reconstituiu! Henry deu um cascudo no velho Moisa incompetente. Jogou uma de suas caixas de fósforo no chão e pegou das mãos de Moisés o cajado, utilizando-o como um fósforo gigante!

Anúbis invocou seu exército de chacais caras de cachorro e utilizou seu poder absoluto para tirar todas as vidas egípcias, casa por casa. Henry, visto que seriam necessárias medidas drásticas, iniciou uma série de movimentos de Kung Fu, conjurando, com a ajuda do cajado do velho barbudo, a mais poderosa técnica do antigo Egito, “טכניקה”. Henry invocou rãs gigantes, piolhos comedores de chacais, moscas ladras de alma e gafanhotos de braços faca. A destruição foi absurda! No fim, o deus da morte, de joelhos, implorava piedade ao poderoso Henry. O arqueólogo entregou o cajado a Moisés e ordenou que terminasse o serviço. O velho Moisa aproximou-se da criatura, ergueu seu cajado e orou, depois deu um grito poderoso que fez Anúbis mijar nas calças... e? De acordo com Moisés, todos os animais do deus da morte estavam doentes agora e ele não teria mais o que comer a não ser que ele fosse até um mercado e comprasse. Henry deu um cascudo no velho barbudo.

O sexto dia logo chegou e, com isso, a hora de Henry retornar ao presente. Moisés disse que desejaria ir com ele, já que todo mundo tinha morrido e ficar só acarretaria numa baita bronca de seu patrão e nada de tábuas.

Bolinhas coloridas e vômito ao quadrado, Henry e Moisés retornaram ao presente. Tudo havia mudado. Haviam estátuas de Emma Tefnet espalhadas por todo o Egito, escravidão e tirania. Pessoas chorando por todos os cantos. A aventura de Henry estava só no começo.


2 comentários:

  1. Passagens de destaque:

    "[...]não seria bom para os planos de seu patrão, que lhe prometeu algumas tábuas."
    hauhauahauhauahauahuau²¹

    "[...]O barbudo levantou seu cajado e começou a orar, até que o pedaço de pau se transformasse em uma serpente..."
    Epic fail XD
    hauhauahauahuahaua

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    E antes que alguém questione. Qualquer golpe supremo de magia necessariamente deve ser executado usando golpes de Kung Fu como introdução. Qualquer tentativa sem isso não passa de truque vagabundo de carta marcada ou alguma moedinha escondida em um lugar idiota.

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    No mais, está indo muito bem brother. ^^

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  2. EheuEHUheuehuehu
    choei de rir...
    "Henry deu um cascudo no velho barbudo."

    agora oq esta me intrigando é o seguinte:
    na oração "טכניקה" o verbo foi colocado no pretérito perfeito, não seria o mais que perfeito?

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