segunda-feira, 26 de julho de 2010

Slave - O pesadelo do B

Oi, galera!


Como prometi hoje mais cedo, no Twitter (segue aê @bernard_akikalo), hoje eu decidi postar sobre meu último (penúltimo, agora) pesadelo. Não vou fazer isso no formato “No meu sonho isso, no meu sonho aquilo”, mas vou contar numa narrativa com só um tiquim de fantasia os acontecimentos fodarásticos desse sonho quase real e que muito me assustou!


- SLAVE -


Eu olhava ao redor e, de repente, me via em meio a uma espécie de selva. Muitas árvores, bambus e pequenos animais. Eu parecia estar numa base militar no meio da floresta e era uma tarde bastante quente, o suor escorria por meu rosto, sol ardia e o chão queimava meus pés descalços.


Ao meu redor haviam várias jaulas e, dentro delas, pessoas, feito animais, sujas e comendo restos de comida, deixados por homens fardados e mal encarados. Estas pessoas passavam por mim, em fila indiana, algemados e sendo açoitados sem a menor piedade.


Eu ainda não entendia bem minha posição em meio àquela realidade. Eu não utilizava fardas, mas estava livre, caminhando em meio ao cenário brutal onde despertei. Sentia uma leve dor na cabeça, o que talvez explicasse a minha falta de memória. Caminhava solitário, por sobre a areia branca e quente, escutando gritos misturados ao canto de pássaros, sem saber exatamente para onde ir.


De repente, uma mão me puxou. Era Gustavo. Um velho amigo meu, que jamais imaginaria encontrar em meio a tais circunstâncias. Ele parecia desesperado e também suava bastante. Estava sujo. Vestia uma velha camiseta amarela, shorts jeans rasgados e um par de chinelos também em situação semelhante. Respirava ofegante e me mandava permanecer em silêncio. Disse que cedo ou tarde nos prenderiam também e que somente jogando “o jogo” estaríamos a salvo.


Caminhamos até uma área escura, onde crianças e mulheres estavam enjaulados, beirando a morte. Prosseguimos até um canto abandonado e pequeno, onde um velho negro ficava encarcerado, isolado dos demais presos. Gustavo me disse que todos ali já estavam habituados a tal regime de escravidão, que provavelmente morreriam se fossem libertos; mas olhar o sofrimento daquelas pessoas me causava imenso desespero e aflição.


Em frente à jaula do velho homem, estava uma tv e um controle. Gustavo explicou que com aquele controle jogaríamos o tal jogo e dependendo do nosso desempenho seríamos libertos.


Iniciamos o jogo, sob o olhar do velho aprisionado. Controlávamos a nós mesmos, como que personagens fictícios num corredor escuro, repleto de vozes e sons assustadores. À medida que prosseguíamos, a respiração do velho atrás de nós ficava mais alta e ofegante, o que aumentava ainda mais a tensão do jogo de terror. Quando o primeiro monstro surgiu, uma mão agarrou meu pescoço e eu soltei o controle. Gustavo se desesperava, enquanto observava, sem reação, o velho e suas mãos brancas de poeira tentando me enforcar. Eu tentava me soltar, mas não conseguia, tremia de desespero. Meus olhos iam se abrindo e aos poucos eu me via surgindo dentro de meu quarto, em minha vida real. Consegui me livrar do velho, mas suas mãos agarraram meu braço. A silhueta do meu quarto, meu apartamento, foi surgindo aos poucos, mas a mão do velho parecia ultrapassar os limites entre a ficção e a realidade. Eu abri meus olhos e a última coisa que vi foi uma mão branca me soltando e desaparecendo dentro da parede atrás de minha cama.


Acordei daquele pesadelo no meio da madrugada, tranquilo por conta de nada daquilo ter sido real.


De repente percebi que sentia mãos agarrando minhas pernas, soltando-me aos poucos. Quando por fim soltaram, dei um salto sobre a cama, ainda com muito medo...


Tudo pareceu real demais pra ser somente um sonho...

Um comentário:

  1. Aaaaaae o/ , Com minha particip~ção especial . Maneraço Bernard :D

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