quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eu e as Biquenses no Cinema de Minha Cidade

Oi, moçada!

Como bem devem ter percebidos fazem alguns dias que o B Diário está sem postagens e eu peço sinceras desculpas. Preocupado com o lazer de vocês e entretenimento de vocês e diversão de vocês, ontem eu saí pra beber catuaba e ir ao cinema!

Agora tenho o que escrever!

Aqui vamos nós!
 
Ontem tinha prometido à minha tia daqui de Minha Cidade que lhe faria uma visita. Já fazia um ano desde a última vez que a vi e eu já me sentia um sobrinho ingrato e sem amor, devido ao tanto que ela me ajudou quando nessa cidade cheguei. Peguei um ônibus e parti para o mundo distante onde ela vive.

Foi um dia divertido. Comi bem, assisti TV a cabo, conheci a nova casa reformada da minha tia e soube do semi-bom emprego do meu primo. Invejei.

Bom... Desde o dia anterior, tinha combinado com minhas amigas biquenses (vide 1, 2, 3, Toff, 5, 6, Bicas!) de ir ao cinema. Assistiríamos ao Eclipse, apesar do meu mínimo interesse naquele filme (não que eu seja um revoltado com modinhas).

Estando os ingressos para o Eclipse, que é nome de encobrimento de um astro por outro, esgotados; decidimos por ver “O Pequeno Nicolau”, que é nome de filme ruim e “O Príncipe da Pérsia” que é nome de jogo de vídeo game. Comprei os ingressos antecipadamente e faltavam duas horas e meia até a hora do primeiro filme começar. Eu estava na rua, longe de casa, sem dinheiro, sem amigos e rodeado de adolescentes fofinhos, nojentos e podres de ricos, frequentadores árduos de cinemas. Eu poderia fugir dali ou me matar, mas preferi ligar para a minha mãe, com meu celular muito menos tecnológico e moderno que qualquer outro dos pirralhos ao meu redor. Liguei pra mamãe e contei sobre tudo o que fiz na casa de minha tia. Ela ficou feliz e eu desliguei.

Pensando que tinha feito um monte de coisas e disposto a olhar pro relógio e ver que tinham se passado pelo menos uma hora, o fiz e concluí a passagem de meros vinte minutos. Desisti. Saí daquele ambiente hostil e fui andar pela cidade. Passei numa papelaria onde perguntei o preço de um caderno e não comprei. Entrei no supermercado e não comprei nada. Passei numa padaria e nada. Até que me vi numa loja de biscoitos, comprei dois biscoitos e notei estar a quilômetros do cinema. E estava atrasado!

Meu telefone toca e, como que do além, surgem minhas amigas biquenses bem no lugar onde eu estava. Subimos correndo e atrasados para chegar ao cinema antes das 20:00, horário que o Pequeno Nicolau iria começar.

Não sei porque diabos, minha amiga biquense mais próxima teve a brilhante idéia de comprar uma garrafa de catuaba para bebermos, discretamente, durante o filme. Escondemos na bolsa e entramos, com sucesso, e um pouco atrasados, na sala de cinema.

“Nicolau (Maxime Godart) leva uma vida tranquila, sendo amado por seus pais e com diversos amigos, com os quais se diverte um bocado. Um dia ele surpreende uma conversa entre os pais, a qual faz com que acredite que sua mãe está grávida. Ele logo entra em pânico, pois acredita que assim que o bebê nascer ele não mais receberá atenção e será abandonado na floresta, assim como ocorre nas histórias do pequeno Polegar (Le Petit Poucet), de Perrault.

Uma comédia das melhores e nós, tomando catuaba com canudinho, ríamos feito malucos! Acho que ninguém reparou nos cachaceiros na sala.

Acabou o filme, nem deu tempo de respirar e era hora de O Príncipe da Pérsia!

“Pérsia, Idade Média. Dastan (Jake Gyllenhaal) é um jovem príncipe, que auxilia o irmão a conquistar uma cidade. Lá ele encontra uma estranha e bela adaga, a qual decide guardar. Tamina (Gemma Arterton), a princesa local, percebe que Dastan detém a adaga e tenta se aproximar dele para recuperá-la. A adaga possui o poder de fazer seu portador viajar no tempo, quando dentro dela há areia mágica. Só que Dastan é vítima de um golpe. Ele é o encarregado de entregar ao pai, o rei Sharaman (Ronald Pickup), uma túnica envenenada, que o mata. Perseguido como se fosse um assassino, ele precisa agora provar sua inocência e impedir que a adaga caia em mãos erradas.

Uma aventura divertida, mas não é dos melhores filmes que já vi, apesar de eu ter achado muito bom. Mais catuaba durante o filme e a amiga biquense mais saidinha pegava biscoito recheado no meio das minhas pernas (no bom sentido, tinha um pacote de biscoito ali).

Saímos pouco mais bêbados e fomos para casa. No caminho, minha amiga biquense ficou preocupada com uma ligação da mãe dela porque “Andam morrendo muitas pessoas no INSS” (?).

Elas se abraçaram e, apesar de serem irmãs, uma disse: “Me solta! Dizem que aqui é a cidade dos gays. Vão pensar o que de mim?”.

Por fim, tivemos que nos separar. O medo tomou conta de mim. Eu senti que seria assaltado. Fiquei o caminho todo andando com grupos de desconhecidos, feito um maluco. Ficava perto deles. E, por bem, tiveram pessoas pra me escoltar até em casa, sem que soubessem que faziam isso.

Na reta final, vi um sujeito suspeito. Ele me ignorou e ficou esperando uma menina que vinha inocentemente mais atrás. Ele foi falar com ela. Heroicamente eu pensei em ficar ali pra defender ela, mas nem fiz isso. Esperei um pouco na esquina pra ver se a menina aparecia em segurança ou se ela gritava de desespero, mas quem apareceu foi o sujeito mal encarado. Saí correndo que nem um maluco até chegar em casa, seguro. Com o coração a mil.

Twittei e dormi!


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Um comentário:

  1. Esqueceu de comentar sobre a saga quase igual a de Dastan de abrir a garrafa de catuaba com a chave e depois enfiar o canudinho, e depois deixar o canudinho ir para dentro da garrafa, e ter que enfiar outro canudinho e descubrir que ele tava furado, e a gente chupava mais ar que catuaba!! kkkkkk ri litros no Le petit nicolau!!! e PS: nao fui eu que pegava biscoito no meio das pernas!!! kkkk

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