segunda-feira, 19 de outubro de 2009

* Amizade Não é Marca, Cor, Opção, Produto Interno Bruto (essa foi ruim)

POST DEDICADO: Whitetiger

Como meus leitores bem sabem, o tema amizade é bastante frequente no blog e eu sempre gosto de destacar o valor que meus amigos têm pra mim. Partindo desse ponto de vista, logo imaginei que escrever sobre amizade sem preconceitos seria algo prático, natural.

Logo vi que não...

Mas escreverei, perseverante.


(salvei esse comecinho e escrevi o resto semanas depois)


Fiquei, por dias, confesso, buscando a melhor maneira de trazer à realidade esse post dedicado (PRÊMIO POST QUE MAIS ME FEZ QUEBRAR A CABEÇA), tamanha a soma de elementos dispostos no título acima. E decidi, por fim, examinar os mesmos e os explicar de maneira diferenciada.


1. Não é Marca

Fato. Não se escolhem amigos pela marca da camisa que usam ou pelo carro sport que dirigem. Existem, sim, pessoas que agem dessa maneira, tornando pobreza ou simplicidade um critério para a exclusão de "candidatos" a amigos, mas também é fato que essas pessoas não são dignas nem dos amigos que têm.

A amizade não é um sentimento formado por princípios materiais, mas por uma série de fatores psicológicos e comportamentais evidentes em cada um.

É possível, cada qual à sua maneira, obter momentos de diversão com qualquer amigo, seja rico ou pobre, mas indispensavelmente, sendo amigo.


2. Não é Cor

O supracitado cabe também à cor. Amigos não são piores ou melhores por uma questão de aparência. Qualquer pessoa, de qualquer etnia, desde que amigo seu, é capaz (por mais que lhe seja difícil) de lhe dirigir uma palavra de conforto, de estar presente nos seus momentos difíceis, de dividir contigo os melhores momentos da vida.

É errado envergonhar-se ou incomodar-se num momento em que seu amigo é um ponto amarelo numa massa verde facista, mas é importante enxergá-lo como ele é. Seu amigo numa massa verde de não amigos.


3. Opção

Tratei, no tópico um e dois, da escolha de amigos, mas esse terceiro tópico vai um pouco além, pois refere a possíveis mudanças no decorrer de uma amizade. E, só por acaso, é o que tenho maior domínio.

Como tratei no primeiro tópico, a escolha de amigos se deve a fatores psicológicos e comportamentais. Porém existem circunstâncias nas quais esses fatores podem se alterar, o que pode acarretar sérios problemas.

Existem situações em nossas vidas em que olhamos para nossos amigos e pensamos “Nossa. Eu não sou mais o que fui. E agora?”. Temos uma idéia tenebrosa de que a mudança pode gerar uma maneira diferenciada de ser encarado ou julgado. A impressão de que sair de um perfil, que agora se tornou um teatro, pode levar-nos a um fim que tememos. E muitas vezes levamos adiante essa peça teatral, que costuma ficar manjada, sem criarmos oportunidades de tirá-la de cartaz.

Uma ilusão.

Se você é um viciado em drogas e tem um amigo. Conte e ele pode ser o herói que vai te tirar dessa.

Se você é gay e tem um amigo. Conte e a amizade tende a crescer, porque você confia nele.

Se você é ex-viciado em Dota e não suporta mais jogar aquele jogo com seu melhor amigo. Conte e celebrem, juntos, essa vitória. Eu pago o champagne.

De fato, a vida é feita de mudanças e opções (decisões caberia melhor, mas não é o título). Amigos estão aí pra te ajudar a encará-las.


4. Produto Interno Bruto (essa foi ruim)

Foi péssima, porque eu nem consigo ter idéia do que escrever nesse tópico.

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