quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Henry para Otakus

Já se passavam dez anos desde o dia em que Smith foi consumido pelas profundezas do inferno, graças à ação do arqueólogo e antigo parceiro, Henry, o qual o fez sacrificar-se, junto ao demônio Ramaksozeb, o qual desejava sucumbir toda a cidade do Rio de Janeiro.

Smith sempre foi um bom homem. Policial reconhecido por seu esforço formidável e precisão na solução de seus casos. Passar esses últimos anos no inferno, em meio à pior corja de demônios e malfeitores, o fez aprender que o sucesso não depende da submissão, da busca pelo bem do próximo, mas do poder e da ambição. Via em seus companheiros também mortos por ações do bem, uma inspiração para retomar a vida que lhe fora tirada e um passo para vingança que tanto cobiçara.


Smith Returns

Henry acordou mais cedo naquela noite de segunda-feira. Seus olhos, ainda cansados da noite anterior, pesavam, tamanho o cansaço. Estava de volta ao Rio de Janeiro, terra que tanto admirava e onde iniciou suas ações aventureiras de arqueólogo. O hotel onde se hospedava oferecia uma série de vantagens a arqueólogos egípcios, como piscina, sauna, hidromassagem e cassino. Um ambiente agradável, repleto de lindas mulheres e não-arqueólogos, que, por sinal também tinham as mesmas vantagens de nosso herói.

A noite foi encantadora, ao som de Maria Betânia e Massacrations. Henry se sentia no paraíso, pronto para cair novamente no sono, em sua cama gigante, no quarto presidencial, e sonhar com mulheres e luxúria, quando o Bip-Bip-Arqueologuinho tocou, em alto e bom som, avisando-o que havia perigo por perto.

Pôde perceber, ao olhar a janela, que havia uma luz vermelha, adentrando seu quarto, como que fazendo um desenho das trevas no teto do mesmo. Henry reconhecia aquele sinal do inferno. Estava escrito no manual do arqueólogo. Era o retorno do bom policial que o ajudara no passado e que agora se sucumbiu aos desejos do demônio e à sua corja de seguidores sem alma ou compaixão. Correu até a janela para ver de onde vinha tal sinal do mal. Nem era isso. Na verdade tinha um moleque apontando um laser pra dentro do quarto do arqueólogo. Henry sabia, desde o princípio, mas quis dar ênfase à situação, lembrando-se desses detalhes de menor importância. Xingou o moleque e partiu para o hall.

Mal sabia nosso bom herói que no capítulo 36 do manual do arqueólogo, no parágrafo sobre moleques com lasers, desenhando, mesmo que sem intenção, símbolos do demônio num teto de hotel de luxo no Rio de janeiro, dizia: “Não o xingue, é uma criança.”

Quando Henry chegou ao hall do hotel, já era tarde. Almas vagavam por todo o local, clamando perdão e anunciando a vinda de um novo deus. A criança, com o laser, aos poucos, se tornava Ramaksozeb, o demônio mais cruel do faroeste egípcio.


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Henry conhecia, como ninguém, o demônio perverso que despertava a poucos metros de distância. No passado, travara uma batalha mortal, acompanhado do oficial Smith, o qual dera a vida pela segurança do Rio de Janeiro. O arqueólogo jamais permitiria que o sangue do bom policial tivesse sido derramado em vão. Tinha consigo o fogo de seus fósforos, principal fraqueza do demônio egípcio, e também coragem e determinação suficientes para dar um fim ao assassino de seu amigo, Smith.

Numa arrancada espetacular, Henry partiu de fósforos acesos, rumo ao peito da criatura. Seu coração disparava a cada passo rumo ao golpe final que dissiparia, de uma vez por todas, aquele mal, sem limites. Para dar mais emoção ainda, vou escrever mais um pouco, já que Henry estava a alguns bons metros de Ramaksozeb, que é branco, sabia? Lembra muito o Ifrit, do Final Fantasy (procure no Google, o site de busca mais completo da internet, ao alcance de um click), só que branco. Tem uma boca enorme e uns três metros de altura.

No momento do golpe final, uma mão humana segurou seu braço e, num sopro, apagou o fósforo que daria fim àquele pesadelo. Henry tremia, não queria acreditar no que seus olhos viam, os olhos Dele também o fitavam. O silêncio tomou conta de todo o local. Onde foi que Smith comprou uma roupa tão ridícula pra ressuscitar? O inferno já teve dias melhores, o arqueólogo pensou. O policial deu um potente golpe em Henry, que voou cerca de dois metros de distância para longe do antigo amigo.

Não havia nenhuma referência a esse tipo de ressurreição no manual do arqueólogo. Henry não sabia bem de que maneira agir, que armas usar, e Smith parecia disposto a dar um fim à cidade que outrora defendera.

Parecia que o hotel oferecia algum tipo de vantagem a arqueólogos, de tal maneira que Henry era o único que não tinha a alma vagando pelo local. Sendo assim, o próximo passo seria encontrar o manual do hotel de luxo, que estaria em algum lugar na ala leste, próximo à piscina e o salão de festas, deduziu.

Nosso bom herói partiu, correndo, rumo ao lugar onde suspeitava estar o manual salvador, quando encontrou Minerva, uma das putas que dormiu com ele na noite anterior. Concluiu então que não eram apenas os arqueólogos que tinham alguma vantagem em toda aquela situação. Agarrou nos braços da mulher e prosseguiu seu caminho. Encontrou facilmente o manual, num cofre de senha “37824681”, que rapidamente deduziu, dados os anos de experiência como arqueólogo. Descobriu que Minerva era arqueóloga, por isso tinha moral. Viu-se novamente cercado pela criatura branca e o policial macabro.

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Por sorte, Minerva era campeã mundial de karate e conhecia técnicas japonesas para voar e lançar magias de energia espiritual, além de possuir uma espada toda maneira, que dava um tchan à coisa. Disse que cuidaria de Ramaksozeb. Deixaria Smith nas mãos de nosso herói.

Henry refletindo:
”Vejam só... Ela sabe voar, solta poderes muito maneiros, cheios de luz e efeitos de Hollywood, que poucos seres humanos tiveram a oportunidade de ver ou verão. Daí, seguindo os moldes justos de herói da história contra o fodão, eu, com minha caixa de fósforos e força de vontade, tenho que dar conta do demônio mais poderoso... Vejam só... Isso é pra lá de jus...”
Tomou uma porrada antes que acabasse de pensar.

Minerva e Ramaksozeb levitaram até os céus, sobre a piscina do hotel. As mãos da gentil heroína numa posição japonesa para acúmulo de magias de energia (vide Kamehameha ou Hadouken, no Google ou no YouTube), enquanto da boca do monstro concentrava-se um tipo de bola gigante de fogo. Do nada, uma música manerassa começou a tocar e se viram na obrigação de falarem frases de impacto, mas esse é um texto sem falas, então apenas imagine-as, bom leitor.

Enquanto isso, ainda no chão, se sentindo o mais simples mortal sem poderes, Henry preparava-se para enfrentar o maior de seus desafios, acompanhado da mesma música manerassa da luta anterior (e mais empolgante), que continua já já! Smith começou a concentrar uma quantidade tão imensa de energia, que todo o hotel começou a desmoronar, aos poucos. As almas iam se dissipando, enquanto gritavam de desespero, e o céu começava a se fechar. Aliás, era a luta do herói. O bom arqueólogo, aturdido, acompanhava todos esses acontecimentos ainda sem uma reação ao nível dos outros três personagens muito maneiros que inventei pra essa história.

No momento em que o golpe final de Minerva alcançou seu limite máximo, os doze símbolos do zodíaco apareceram no céu e a música manerassa parou, enquanto ela falava uma frase de impacto em japonês, que eu nem vou escrever pois só é de impacto no japão (algo como Hadou No Hikari... uma pausa e zoom nos olhos dela... TOUSEN KAN! – não busque uma tradução, pois ela não existe ou não vale à pena), e vários arcos de todas as cores começaram a se cruzar até que ela lançasse um raio gigantesco contra a criatura. De contrapartida Ramaksozeb apenas fez Wraaahh!, como todo bom monstro de pouca importância, e lançou contra ela sua bola grandassa de fogo, só que, é claro, perdeu pro raiozão megapotente. A criatura se desfez no céu, enquanto sua purpurina dava um efeito especial à luta térrea de Henry.

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As nuvens do céu se fecharam, enquanto trovões (sem eles não é a mesma coisa) anunciavam o combate final entre Henry e Smith. Minerva utilizou tanta energia que não podia mais ajuda-lo. Nuvens formavam um ciclone que, aos poucos, sugava todo o lugar, destruindo, de uma vez por todas, o que restava do hotel.

Smith avançou contra Henry e acertou-lhe um soco daqueles, na cara, que ao invés de quebrar seu pescoço ou arrancar a cabeça do arqueólogo fora, lançou-o contra uma montanha (vale ressaltar que nunca houveram montanhas naquela região do hotel), e destruiu, dilacerou, a montanha desmoronou, como se Henry fosse uma baita dinamite gigante ou arma nuclear. Smith partiu, voando, em direção ao que restava da montanha e uma música ainda mais maneira que a outra tocada (mesmo que na imaginação de vocês) agora a pouco. Henry ainda se levantava, sabe-se lá como (sendo que até agora pouco ele se lamentava de seu simplorismo humano), quando o bandido demoníaco acertou-lhe outro soco ainda mais potente, como se isso fosse possível! Henry voou Rio de Janeiro adentro, destruindo o que não mais podia ser chamado de centro da cidade. Sua cabeça doía (só a cabeça???), enquanto saía sangue de seu nariz (ta de sacanagem!).

Smith parou diante do arqueólogo e começou a lhe contar todo seu plano de dominação do mundo, com todos os detalhes, como se compartilhasse da sua maldade com um parceiro da máfia. O arqueólogo escutou toda a conversa pra boi dormir, atento.

O monstro, em forma de policial ressuscitado, anunciou, então, que usaria seu golpe final, que foi usado apenas uma vez e ninguém jamais sobreviveu a ele. Os céus se fecharam (mais ainda!) e uma chuva deu à luta o ar de final que todos já esperávamos. Os cabelos do bandido começaram a brilhar e um efeito gel instantâneo arrepiou a cabeleira do policial. Ele fez uma pose muito estranha enquanto falava uma frase japonesa de impacto mais foda que a da nossa amiga ali atrás (frases de bandido são mais maneiras, têm mais de uma pausa e eles falam com calma, tipo Yami no Oni-Sama... pausa e efeito de luz... Shiroi Tanderu (ele quis dizer Thunder) Sakura... pausa e zoom nos olhos sensuais de bandido... GOKURYUNARUTO KEN! – olhos dos Otakus do mundo todo se enchem de lágrimas). O safado segura nas mãos uma bola de energia negra do tamanho do Maracanã, enquanto um monte de demônios surgem de todos os cantos da cidade, os astronautas assistem a esse fenômeno inovador, ninguém além do Henry vai sofrer com isso, porque o centro do Rio está deserto, e lá vem o desfecho. Bola gigantassa meeesmo lançada contra o herói.

A música pára, os olhos de Henry param, numa expressão de “morri”, quase que literalmente; tudo pára. Smith sorri, com uma expressão de louco, enquanto assiste ao fim do mundo.

E agora?

Um TRANSFORMER surge, do nada, e segura a bola de energia (P*TA QUE PARIU! QUE FODA!). Henry sorri, como quem já tinha tudo isso planejado, enquanto uma musiquinha de abertura de anime começa a tocar na maior altura. Minerva aparece observando todo esse desfecho, quebrada (sabe-se lá porque), do alto de uma montanha.

Henry entra na cabeça do Transformer, que encontrou no sul da África anos atrás e, como quem já sabe manusear todos os comandos daquela parada, aperta uns botões aqui e ali fazendo com que surja uma espada gigantesca na mão do robozão. Da base de comando dos arqueólogos, a secretária gatinha, japonesa e loira, através de rádio, dá os comandos finais ao arqueólogo e os parabéns pelo grande feito. Bola de energia do tamanho do Maracanã na mão esquerda, espada gigante muito maneira na mão direita, o que falta? Frase de impacto japonesa (as de personagem principal se resumem a uma frase sem graça... KUROIMARU TENSEN!!)!! A bola de energia é lançada em altíssima velocidade, enquanto o Transformer a acompanha, voando, com suas mega turbinas. Smith sofre o dano de sua própria magia e todo destroçado aguarda, até Henry e o robozão cruzarem os céus e cortarem-no, com um atraso de uns cinco segundos (para terminar junto com o tema de abertura de anime), ao meio!

O Rio de Janeiro foi salvo (ou não) mais uma vez por nosso gentil herói, acompanhado de sua puta poderosa e seu Transformer!

THE END

Daí toca uma musiquinha japonesa de mulherzinha a seguir, pra quebrar o clima de macho todo!

- Já ouviu falar no Google Wave? É a nova... -
O Otaku desliga a TV, acabou o que interessa.

2 comentários:

  1. MUITO, MUITO foda mesmo! Eu falei pra continuar com as historinhas do Henry! (Y)

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  2. AHUhaUHauaHUhauhauhua
    mto baum mano....
    bom...
    achei que havia mais espaço para humor idiota no começo....começou mto serio sabe...mais a medida que foi se desenvolvendo fiko muito boa!gostei mesmo!uma das melhores dele ^^*

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