sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Camaleão


Sou tudo o que você quiser que eu seja,
Mas prefiro ser aquilo que realmente sou.
Pintando muito mal os olhos
E rasgando exageradamente a boca
De fato ainda sou o “anjinho” da sociedade
Ansiando por ser o oposto de todo o rotulado
Na maior parte do tempo fico reverenciando
Desejos alheios que não são os meus
Mudando de aparência para agradar
De menos a mim mesmo.
De um lado, escarro delicadezas
Sendo sempre amável, quando que na verdade
Sinto-me como a personificação da “maldade”
Sedento e prestes pecar,
Mutável, pleno de personalidades...
Um carinho em seu corpo
E um tapa na cara de alguém ali na frente, sadicamente
Volúvel e inconstante
Sou aquele que brinca com o juízo dos menos avisados.
O que o mundo espera que eu seja?
Uma obra de arte, um assassino voraz,
Um cético companheiro, “ingênuo e sagaz”?
Sou tudo o que você quiser que eu seja,
Mas prefiro ser aquilo que realmente sou.
Misteriosamente Camaleão.


(Wallace Santos)

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