sábado, 21 de novembro de 2009

* Afim De Uma Pessoa Q Nunk Vi Na Vida

POST DEDICADO: Emo Girl

“Existem concepções e concepções a respeito do amor. É impossível descreve-lo como algo ruim, que nos cause repugna ou algo do qual queremos nos ver livres, mas, por outro lado, é impossível negar que esse sentimento, tão puro e perfeito, aos olhos da maioria, nos cause, muitas vezes, dor ou nos faça infelizes.” (B Diário, 13 de Setembro de 2009)

São tantas as concepções e formas de amar, tantos os versos que descrevem esse sentimento tão indescritível, mas somente o coração de quem ama sabe, ao certo, do que o amor é capaz ou até onde pode chegar.


Os olhos dela olhavam, irrequietos, o monitor, imóvel. Nenhum som, nenhum movimento, nenhuma ação. Apenas a luz que iluminava todo o quarto, já escuro, dada a madrugada; e a motivação que a levava a permanecer ali, em transe, observando um único nome, destacado por seus olhos e seus desejos, numa lista enorme de centenas deles, pela qual podia se perder. Mal sabia de onde surgia tal determinação, sem conhecer o sentimento novo que despertava dentro de si. Os minutos se passavam e o nome não reagia. Apenas se mostrava ali, disposto a dar-lhe a atenção que não vinha. Se estava assim, tão perto, enquanto distante, por que não dirigindo-se a ela? O som que indicava as palavras com a qual tanto sonhava não soava, enquanto era incapaz de chamar a atenção do nome amado. Não queria incomodar. Queria sentir que não era ela quem sempre surgia com um mero “oi”, sem graça. Mas os instantes que se passavam davam-lhe certeza de era ela quem amava. Era ela quem sofria, quem passava todas as horas de seu dia a pensar num único nome, que estava ao alcance dos olhos, mas fugia do seu controle, tirava-lhe a respiração sem ao menos toca-la.


O amor é incompreensível, foge normalmente do que julgamos normal, fazendo com que nos sintamos amando, mesmo em condições nas quais julgávamos impossível amar.

Como amar sem mesmo conhecer? Que detalhes geram essa forma de amor? As palavras? Um sorriso? Um gesto? Seria um amor movido apenas pela estética? Ou um desejo disfarçado de amor?

Cabe a nós apenas questionar e poucas vezes alcançar, verdadeiramente, uma resposta. Mesmo que se julgue o amor à distância, é impossível saber se um dia seremos os próximos a vivê-lo. São tantas as brechas que nos damos e tantas as pessoas que realmente valem à pena e que jamais conheceríamos não fosse a internet, o telefone, ou qualquer que seja a ferramenta de comunicação.

Em contrapartida, vale ressaltar que existem riscos ainda maiores que os do amor convencional enquanto amando à distância. Que é possível adotar milhões de faces estando por detrás de um monitor, que as mentiras sobressaem com maior destreza enquanto digitando e que a pessoa maravilhosa com a qual se tem prazer em passar horas dividindo intimidades muitas vezes não é tão maravilhosa.


Como em todos os textos que costumo dedicar ao amor, mais uma vez uma solução não foi alcançada, sendo o amor ainda incompreensível pelo homem, tendo eu apenas a função de destacar alguns detalhes desse sentimento.

De fato, amar a distância, antes de tudo, também é amar. Com seus riscos e aventuras, resta a nós precavermo-nos e jamais desperdiçarmos oportunidades de ser feliz. Toda forma de amor é válida.

2 comentários:

  1. Esse post pra mim é o melhor...
    Simplesmente perfeito. Adorei a abordagem do tema, ainda mais um tema complexo como esse..O Amor!!!
    Dessa vez B você se superou
    Parabéns!

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  2. B. vc realmente se superou!

    E ainda por cima me ajudou mto,a enxergar melhor as coisas e tudo mais.

    O post é o mais perfeito!

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