quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

* Adoção Homossexual

POST DEDICADO: Bethânia Vaz

Antes de tudo, eu gostaria de pedir desculpas à minha amiga blogger e a quem dedico este post, Bethânia Vaz, pela imensa demora até a conclusão dessa postagem que, espero, lhe agrade. O fato é que, desde os primórdios das minhas tentativas de escrever sobre o tema, eu me sentia obrigado a citar dados políticos, científicos e jurídicos e sempre ao concluir o texto não o via como algo que eu escrevi, como uma postagem do B Diário, mas como um dever de casa. Sendo assim, decidi por escrever esse post utilizando do pouco que sei sobre o tema e deixando claro o que penso, fazendo dele um legítimo post do B Diário.

A produção desse Post Dedicado deve-se muito ao post Valores do blog Jogando Verde




A adoção é, por natureza, uma ação que merece ser respeitada, seguida e admirada. Deve ser mágico o brilho no olhar daquela criança solitária, mesmo enquanto cheia de amigos, num quarto de orfanato, quando descobre que, daquele momento em diante, ela passa a ter um pai e uma mãe. Que todo o amor que recebeu não se compara à dádiva de ser filho.

Um pai e uma mãe?

Toda forma de amor é válida, independente de sexo ou fatores sociais. E o amor é um sentimento complexo, que não se deixa abalar por regras infames criadas por nós, que pouco sabemos sobre esse perfeito sentimento que, apesar de dores, de sorrisos e lágrimas, nos faz tão bem, nos conforta, nos completa.

O amor conjugal não se restringe a sexo opostos, mas ao amor real entre duas pessoas, as quais verdadeiramente se desejam e desejam tornar-se família; e família não se restringe a marido e mulher, marido e marido, mulher e mulher, como preferir... A união formada com sabedoria pode gerar belíssimos frutos que tendem ao bem de todos os envolvidos, e eu me refiro principalmente a filhos.

Quando um casal heterossexual decide, por sabedoria, ciente da capacidade de administrá-los e do amor que podem oferecer aos filhos; eles decidem os ter e, dada uma situação hipotética em que a esposa ou o esposo é infértil ou que, por alguma razão, os ter à maneira convencional é inviável, eles opinam pela adoção!

Partindo do ponto de vista em que um casal homossexual é também perfeitamente capaz de dar e receber amor, pode administrar um lar e constituir família (mesmo que parte da sociedade ainda vá contra esse pensamento); eles se fazem perfeitamente capazes de oferecer tudo isso a um filho, totalmente amado tanto quanto o filho do casal heterossexual e, dada a situação hipotética em que, transem o quanto quiserem, essa criança não vai nascer, eles opinam pela adoção!

Mas por que essa adoção é tão mais complicada? Que fatores exatamente fazem com que o quadro de adoção por homossexuais seja tão mais reduzido e as exigências tão mais complexas?

Ainda existem fatores que impedem ou atrasam esse processo, tornando a adoção por homossexuais algo difícil, cansativo e às vezes desconfortável, levando boa parte desses casais a desistir do sonho da adoção e fazendo mais uma criança permanecer, sozinha numa multidão de órfãos, sem os tão sonhados pais.

Por outro lado, é importante ressaltar que sim, a adoção por homossexuais tem passado por avanços, a justiça tem evoluído bastante e, como a total aceitação do simples fato de sermos gays um dia sonho ser real, o futuro da adoção homossexual tende para o melhor.


"Tenho duas mães e sou superfeliz"
“As pessoas fazem muito drama quando imaginam a vida de um filho de pais gays. Para mim, sempre foi normal ter duas mães, mas admito que sou discreta. Tenho certo medo de como as pessoas vão lidar com o fato de eu ter uma família assim. Quando faço uma nova amizade, espero o momento certo de contar sobre ela. Na minha família, uma mãe sempre brigou e cobrou mais, enquanto a outra tinha mais paciência. Nunca senti falta de ter um pai.”

Deborah Lemos, 18 anos

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